Caríssimos irmãos

Estamos na plenitude de um momento de especial relevância para o mundo cristão. Trata-se do período de Páscoa para o cristianismo; momento que nos induz a uma profunda reflexão e introspeção sobre nós mesmos, especialmente em relação às circunstâncias atuais de nossas vidas na Maçonaria e em sociedade.

A Páscoa não deve nos remeter à visão puramente materialista dos dias atuais e sim, extrair do doce simbolismo do ovo de Páscoa, novos planos de ações de auto regeneração, revigoramento, de fé, esperança e caridade.

Em nossos dias, o inspirador exemplo do espírito de servir, de humildade, de fraternidade e de solidariedade do Cristo Jesus precisam ser vivenciados por todos, como verdadeiro sentido da vida, expresso na mensagem de João Evangelista: “Amai-vos uns aos outros assim como eu vos amei.”(Jo.15/12)

Concitamos aos irmãos a uma especial introspecção, face à relevância dos dias atuais de nossa Ordem, momento em que sufragamos nas urnas, os novos dirigentes do Grande Oriente do Brasil, Poder Central, bem como dos Grandes Orientes Estaduais. Sem esquecer que, aproxima-se a eleição para novos dirigentes das Lojas Maçônicas em geral.

Trata-se pois, amados irmãos, de uma oportunidade ímpar para nós, livres pensadores nos preocuparmos verdadeiramente em buscar respostas à indagação que nos é feita: “O que vindes aqui fazer?” 

Nossa Ordem, como em tempos remotos, supera com garra e luta ferrenha, a terrível Pandemia, que nos traz uma nova realidade; tempos de mudanças imperiosas em nossas vidas. Novos e inevitáveis desafios colocam nossa Ordem e nossos irmãos a uma imperiosa necessidade de repensar a nossa instituição, o nosso bicentenário GOB e por que não dizer, repensar nosso juramento maçônico e comprometimento com a Maçonaria. 

Quiçá seria oportuna a decantada deflagração da nova Constituinte, que permita ao Grande Oriente do Brasil avançar e se adequar à modernidade pós Pandemia, a nossa milenar instituição de pedreiros e pensadores livres, sem perder de vista, por óbvio, as nossas tradições consagradas nos Landmarks e na Constituição.

Afinal, meus caros irmãos, conforme dispõe nossa Carta Gobiana em particular, somos uma instituição progressista e evolucionista, que deve conciliar a tradição com a evolução. 

Nossa Ordem universal, uma das instituições mais impactadas pela Pandemia, ressurge como a mitológica Fênix e, agora, com a renovação dos quadros de dirigentes, em todos os níveis, mais do que em qualquer outra ocasião, precisa contar com a união fraterna, a força e a solidariedade maçônicas, do mais novo aprendiz ao Grão Mestre Geral, para que, juntos sigamos pra frente e para o alto.

Como tenho afirmado, nós tivemos, temos e sempre teremos a Maçonaria que nós quisermos. É chegada a hora de despertarmos para um novo tempo. Como bem sabemos, nesta vida terrena, nada  ocorre por acaso; nem mesmo a terrível Pandemia Covid-19. Só nos resta pois, a superação pelo trabalho e pelo estudo de nossa doutrina e filosofia, sob a inspiração dos nossos símbolos e bençãos do SADU, tendo como lema a máxima dos jovens Apejotistas: “Res non verba”; isto é: “Ação, não palavras.”

Feliz Páscoa a todos!

Ivo Matias

GME-GOB-MT