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Palavra do Grão-Mestre

“O QUE A GENTE VAI DEIXAR...”

04/12/2020

Amados Irmãos.

Um dos anos mais difíceis da nossa história contemporânea vai chegando ao fim. Desde meados de março, sob o impacto da Pandemia Covid-19, estamos todos ainda atordoados, vítimas de uma doença de alto contágio, invisível, incurável, estudada pela ciência, que busca protocolos de cura e vacinas que nos possam imunizar.

Lá se foram milhares de vidas; muitos irmãos. Outras tantas milhares de pessoas lutam com sequelas graves. Verdadeira convulsão social nos constrange a todos. A economia global encolheu; empresas fecham, o desemprego aumenta. As desigualdades se acentuam de forma desumana. A violência que nos faz refém da criminalidade graça de norte a sul, de leste a oeste.

Apesar de tamanha tragédia, é inacreditável, mas, ainda encontra-se agentes públicos capazes de locupletar-se criminosamente da dor de seu próximo. O que fazer?

Creio sinceramente, às vésperas do Natal, que o sentimento que pulsa e que nos envolve a todos nestes dias, deve ser o sentimento de esperança; esperança de que o amor e o bem prevaleçam, para o bem estar da humanidade.

Como disse o poeta Danilo Pernambucano: “Fazer o bem é bom; ser bom faz bem pra mim.” Neste Natal, que tenhamos esperança no bem. Diz o Poeta Pernambucano: “Enquanto o amor pesar mais que o mal na balança; enquanto existir pureza no olhar de uma criança; enquanto houver um abraço, há de haver esperança; enquanto nosso perdão for mais forte que a vingança; enquanto se acreditar que quem acredita alcança; enquanto houver ternura, há de haver esperança.

Enquanto você sorrir, por uma boa lembrança, enquanto você lutar com a força que não cansa, enquanto você for forte, há de haver esperança. Enquanto a canção tocar, enquanto seu corpo dança, enquanto nossas ações forem nossa grande herança, enquanto houver bondade, meu povo, há de haver esperança.

Ora, enquanto se acreditar numa sonhada mudança, pelo fim da violência, pelo fim da intolerância; enquanto existir a vida, há de haver esperança. Esperança no amanhã e no agora também. Tenha pressa, é urgente, não espere por ninguém. Não adianta esperança, se você não faz o bem.

Transforme sua esperança em algo que não espera. É no meio da maldade, que a bondade prospera. É justo no desespero que a paz chega e impera. É quando se está sozinho que um abraço tem valor. Repare, que é no frio que a gente busca calor. É justo onde existi ódio que se tem que espalhar amor. Não adianta assistir, não adianta observar, se você não se mexer as coisas não vão mudar e até a esperança vai cansar de esperar.

O mundo já lhe esperou, desde a hora de nascer; lhe apresentou a vida e fez você entender, que se o problema é o homem, o Homem vai resolver. Afinal, a gente nasce sem trazer nada pra cá; na hora de ir embora, o mesmo nada vai levar. O que importa de verdade, é o que a gente vai deixar.”

Neste contexto, meus irmãos é hora de nos convencermos de que, se a missão social da Maçonaria é promover o auto-aperfeiçoamento moral e espiritual do homem, nossa missão social, é promover o bem estar da humanidade, através do cumprimento inflexível do dever por consagração, juramento e compromisso de honra.

A todos nossas felicitações de boas festas, com muita responsabilidade nos cuidados profiláticos de prevenção ao contágio letal em tempos de Pandemia COVID-19. À família maçônica em particular nosso fraterno abraço, na certeza e na esperança de um novo ano mais feliz, mais humano e mais cristão.

 

Ivo Matias
Grão-Mestre Estadual
Grande Oriente do Brasil Mato Grosso

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